segunda-feira, 13 de junho de 2011

As Maçãs


Nunca fui com apreciador de frutas cruas, devo admitir. Se hoje compro algumas na feira, devo isso à Jane Grigson, autora de “O Livro das Frutas” (Companhia das letras), um livro essencial.
Comprei dois volumes em 2002, um para mim e um de presente para uma amiga. Me lembro que, quando me mudei para a França, no fim do mesmo ano, enfiei o volume na mala e ele foi uma boa companhia por um ano, até que conseguisse ler livros em francês.
A obra funciona como uma visita guiada a um pomar, à uma feira ou mesmo às gôndolas de um supermercado. Cada fruto é experimentado de diferentes maneiras - ao natural, em forma de sobremesas sofisticadas, compotas. A autora apresenta as receitas de forma didática, elegante e generosa, falando inclusive dos tipos variados de frutas.
Foi neste volume que aprendi que a maçã sempre foi um alimento importante nos países de clima frio, onde a macieira é uma cultivada há centenas de anos. Trata-se da fruta, com exceção dos cítricos, que é conservada durante mais tempo, conservando seu valor nutritivo.
As maçãs de inverno, colhidas no final do outono e guardadas em câmaras ou armazéns quase congeladas, têm sido um alimento muito usado na Ásia, Europa e nos Estados Unidos.
As maçãs Gala e Fuji representam em torno de 90% das áreas plantadas, no planeta. Há ainda a Eva, a Golden Delicious, a Brasil, a Anna, a Condessa, a Catarina,  a Granny Smith (a verde).
 A Eva e a Anna não necessitam de clima temperado. Podem ser plantadas em regiões mais quentes. A Gala tem sido substituída por clones de coloração mais vermelha, como a Royal Gala e Galaxy.
A Fuji e seus clones Fuji Suprema e Kiku são frutos mais avermelhados, de sabor doce. São as mais suculentas.
Há ainda as maçãs Imperatriz, Daiane, Baronesa, Joaquina, sendo que esta última é resistente a uma espécie de sarna, fungo que ataca folhas e frutos da macieira.
Muitas receitas especificam que a torta deve ser feita com a maçã verde, que é um pouco mais azedinha. Eu a faço com o fruto que tiver em casa, no dia. O tipo de maçã influencia no sabor da sobremesa, mas não é um componente tão essencial.
Prefiro usar maçãs grandes e bem maduras, desde que elas não estejam machucadas, para que a torta fique bonita e as maçãs reluzentes.  Mas já fiz uma torta com maçãs machucadas, super maduras – as únicas que tinha na fruteira. A torta ficou boa, bem doce, apesar de aparentar pontos escuros depois de tirada da forma.

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